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Incêndios destroem matas, pastos e matam animais em Pedro Leopoldo

No final da tarde dessa segunda-feira, dia 26, um grande incêndio em um loteamento no alto do bairro Triângulo, na divisa com o bairro Sônia Romanelli

Pedro Leopoldo teve mais de 453 hectares de área atingidas por incêndios florestais somente em 2019. Dados são do bombeiro civil Denis Valério, de 42 anos, que entre janeiro e o último domingo, dia 25, combateu 30 ocorrências somente na cidade. De acordo com o bombeiro, todos os bairros do município que possuem vegetação sofreram com as queimadas. Além da região central, as chamas consumiram a vegetação entre o distrito de Dr. Lund até o bairro Lagoa de Santo Antônio, e do bairro Santo Antônio da Barra (Matuto) até o distrito de Fidalgo. Parte da Fazenda Modelo, ao lado da pista de Cooper, ficou devastada. No bairro Novo Campinho grande área pegou fogo no domingo, dia 25, e na segunda-feira, 26. Também no dia 26, grande incêndio no alto do bairro Triângulo. Centenas de casas foram afetadas pela fumaça e fuligem causadas pelas chamas. Os bombeiros também atenderam um chamado no bairro Andyara no sábado, dia 24.

“Ainda não acabou. O período crítico é devido à baixa umidade relativa do ar e fortes ventos, que ajudam a propagar as chamas.  Na maioria das vezes, estes incêndios são causados de forma ilegal por indivíduos não identificados que colocam fogo nas matas próximas às vias urbanas. Às vezes, acontece a prática arcaica de se queimar a pastagem com o intuito de renovar o pasto em área rural. O problema que está prática sem as devidas autorizações e cuidados, pode se tornar um problema para os próprios moradores das comunidades rurais”, alerta Denis Valério. Em todo o estado de Minas Gerais, a Grande Belo Horizonte é o ponto de Minas em que mais se registram incêndios florestais. De acordo com imagens de satélite do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram detectados 2.699 focos de calor em todo o estado no período de janeiro até 20 de agosto. É uma elevação de 77% no número de focos, já que no mesmo período do ano passado foram registrados 1.523. No levantamento do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, foram registrados 8.928 incêndios em vegetação de janeiro a julho, um aumento de 31,18%.

Mais de 21% dos casos no estado, aconteceram na região metropolitana.  São 1.891 atendimentos na Grande BH e 818 no território da capital, totalizando um aumento de mais de 23%, em comparação com o ano passado. “São números preocupantes. Estamos perdendo nossa capa vegetal, que auxilia no processo de absorção de água da chuva e de armazenamento da água que abastece o lençol freático. A cada ano que passa, se extinguem em meio a todos os fatores somados de destruição ambiental e má ocupação do solo. Ainda temos o problema da fumaça que contamina o ar, causando diversas doenças respiratórias. E quem sofre mais são as crianças e os idosos devido à baixa imunidade”, recorda o bombeiro civil.Mais de 21% dos casos no estado, aconteceram na região metropolitana.  São 1.891 atendimentos na Grande BH e 818 no território da capital, totalizando um aumento de mais de 23%, em comparação com o ano passado. Outras vítimas das queimadas em Pedro Leopoldo são os animais, que cercados pelas chamas não tem como fugir. Os que conseguem, acabam indo para alguma estrada, correndo risco de serem atropelados por veículos.

Animais silvestres são sempre vítimas das queimadas
O Bombeiro Civil sempre é acionado para combater incêndios e ele pede mais apoio para a sua equipe de trabalho

Nos combates na cidade, Denis Valério já conseguiu salvar a vida de dois animais. “No domingo (25), resgatei um Porco Espinho que fugia do incêndio e foi pra rua, mas o seu filhote não conseguiu escapar. Tive também um gavião salvo na última semana. Registrei a morte de dois cachorros do mato, um carbonizado pelas chamas e o outro que conseguiu fugir mas foi atropelado na rodovia MG-424, próximo ao bairro Novo Campinho”, lembra. Para o bombeiro civil, o alto número de incêndio é causado por uma série de fatores, como o comportamento humano, a má ocupação do solo, a falta de consciência ambiental, de políticas públicas e falta de investimento público na área de prevenção e combate aos incêndios. “Ocorrem locais onde existem conflitos de interesses políticos e de má ocupação do solo. Não colocaria a culpa em ações individuais e pontuais, mas sim no contexto geral da falta de fiscalização. Falta de educação ambiental voltada para o tema com mais ênfase, e falta de respeito pela natureza por parte das grandes empresas e empresários, que na busca do lucro acima de tudo, não raciocinam que a preservação ambiental também pode ser uma forma de ganho real e a curto e longo prazo”, alerta o Soldado Civil.

Combate

Denis Valério tem a atuação destacada em prol do meio ambiente em Pedro Leopoldo. Além de bombeiro civil, é ambientalista, brigadista voluntário de Combate Em Incêndios Florestais e Socorrista Voluntário e Bombeiro De Aeródromo. Foi criador, em 2006, do Projeto Moto Resgate Voluntário, também foi líder de brigada pelo Instituto Estadual de Florestas, no Parque Estadual Serra Verde, e é ex-coordenador Da Defesa Civil De Pedro Leopoldo. “O trabalho de combate voluntário a incêndio florestal, tanto diurno como noturno, é uma atividade perigosa que só deve ser realizada por pessoas treinadas e formadas em instituições como os Bombeiros Militar, Instituto Estadual De Florestas (IEF) ou o IBAMA no Prevfogo. Os combates acontecem de forma indireta, utilizando veículos tratores ou ferramentas manuais para realizar aceiro. E de forma direta, o combatente vai pela área queimada e combate à linha de fogo com mangueiras, chicotes, abafadores ou bomba costal”, descreve Denis.

Equipe de voluntários que participam do combate a queimadas em Pedro Leopoldo

Especialista no assunto, o bombeiro civil dá às dicas de como prevenir incêndios florestais durante tempo seco e também como proceder caso o pior aconteça. “Sempre que precisar fazer uma queima controlada, informe os Bombeiros Militar através do 193. Informe também a Secretaria de Meio Ambiente de sua cidade e solicite autorização para o IEF em áreas de reserva ou próximas aos Parques”, diz.

“Realize na sua propriedade rural ou fazenda aceiros em matas que ficam próximas a vias urbanas. Ao varrer o quintal, junte folhas e enterre-as. Além de evitar fumaça, você contribui para produzir húmus que é um excelente nutriente para o solo. Em caso de incêndios florestais ou urbanos, ligue 193 e afaste-se da área em chamas”, completa Denis Valério.

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Pedro Leopoldo assume Catarata Zero com recursos próprios

As cirurgias eram realizadas com repasses do Cisrec até agosto. Há um ano Pedro Leopoldo está custeando o programa com recursos próprios e as operações continuam sendo realizadas normalmente pela Secretaria Municipal de Saúde

Desde 2017, no primeiro ano da atual gestão, centenas de pacientes que aguardavam na fila por cirurgias de catarata em Pedro Leopoldo vinham sendo submetidos ao procedimento por meio da parceria entre cinco municípios, incluindo Pedro Leopoldo, e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Calcário (Cisrec). No entanto, no mês de agosto de 2018 os repasses via Consórcio se encerraram. Para não parar com as cirurgias e dar continuidade ao programa Catarata Zero, o município de Pedro Leopoldo assumiu a iniciativa com recursos próprios. “É um programa muito importante, que traz qualidade de vida às pessoas, dando a elas autonomia para realizar atividades cotidianas antes impossibilitadas pela visão embaçada. Assumimos o compromisso e continuamos realizando as operações normalmente. O Programa permanece e continua trazendo aos pacientes a oportunidade de voltar a enxergar com qualidade”, destacou o Prefeito de Pedro Leopoldo, Cristiano Marião. Desde 2017, no primeiro ano da atual gestão, centenas de pacientes que aguardavam na fila por cirurgias de catarata em Pedro Leopoldo vinham sendo submetidos ao procedimento por meio da parceria entre cinco municípios, incluindo Pedro Leopoldo, e o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região do Calcário (Cisrec). No entanto, no mês de agosto de 2018 os repasses via Consórcio se encerraram. Desde que o município assumiu o programa, em setembro do ano passado, foram quase 300 pacientes atendidos, um investimento próprio de cerca de 40 mil reais por mês

A doença

A catarata pode ser considerada uma das principais doenças oftalmológicas e afeta principalmente idosos. pessoas que têm catarata tem a visão nublada, como se olhassem por uma janela embaçada ou enevoada. Essa visão nublada pode tornar mais difíceis tarefas como ler, dirigir um carro ou interpretar a expressão das pessoas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo, o que representa cerca de 20 milhões de pessoas.

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